É... coração de mãe não se engana mesmo. Eu postei uma mensagem há 10 dias, com o título de "coração apertado", falando sobre a como eu iria me sentir quando meus temporários fossem embora. E vocês não acreditam quem foi a primeira temporária a partir: a ARIEL, meu "zoião verde". :(
Já tinha programado que, no começo do ano, iria assumir a Ariel de vez. E se realmente ela tivesse de partir, o verdeiro "dono" teria de aparecer logo, porque não dava mais para esperar. Resultado: chegou um formulário para adoção na virada do ano.
Pedi para fazer o contato e ir na casa para a vistoria - claro - e já me preparava para indicar outra gatinha, mas as coincidências foram tantas, tantas, que me fizeram parar pra pensar se esse não era o destino dela, se eu não estaria impedindo a pequena de ir viver a sua vida e ser feliz e se não estaria fechando a porta para outros gatinhos que venham a precisar de um lar temporário.
Essas dúvidas surgiram depois de me certificar que a pessoa interessada preenchia todas as minhas exigências - e não eram poucas. Para sair da minha casa, ela teria de conseguir um lugar que pudesse oferecer, pelo menos, o que ela tinha aqui e acho que ela conseguiu. Dentre as minhas exigências (rs), o adotante deveria: 1) morar em um apartamento, porque a Ariel é do tipo fujona (o que era uma preocupação constante para mim, que moro em casa térrea) – e a Nathalia, que solicitou a adoçao da minha pequena, mora;
2) morar em um lugar espaçoso – a apê é bem espaçoso e todinho à prova de fugas ou acidentes;
3) não tivesse crianças e fosse tranqüilo – a adotante mora só com a mãe e não tem crianças (como na minha casa);
4) ter poucos gatos – ela tem dois amores, bem bonzinhos;
5) querer um gato com as características dela (carinhosa, mas que gosta de ficar em seu canto) – era exatamente o que a garota esperava da Ariel.
Parece incrível, mas quando perguntei como ela imaginava a Ariel, ela me descreveu o gênio da minha pequena, exatamente como ela é. Perguntei como ela havia percebido isso e ela explicou que acreditava que a Ariel era igual ao outro gato dela, o Féliz. E que tinha notado pelo olhar na foto.
Não bastasse, eu queria trocar o nome da Ariel por Lili quando a adotasse, embora ela atenda por Ariel. Mencionei isso no post "O amor não é temporário". E sabem qual o apelido que a garota já havia escolhido para ela, além do nome Ariel? LILI! Fiquei de queixo caído.
Para fechar a fatura, ela me contou que levou seis meses para convencer a mãe a adotar outro gatinho e que paquerava a Ariel desde julho de 2008, exatamente a época que a minha pequena ficou em condições de ser adotada! Achei muita sintonia.
Bem, depois de tudo isso resolvi, mesmo com o coração partido, liberar a minha princesinha para ser feliz em outro lar. Alguém tem dúvidas de que saí da casa da Nahalia chorando? Que me debulhei no caminho de volta? E que deixei bem claro que, se ocorrer algum problema, eu iria buscar a minha pequena na mesma hora?
Eu sou uma chata, eu sei, eu sei, mas já estava acostumada com ela em casa. Nessa primeira semana, liguei todos os dias para saber como estão as coisas e tudo está correndo dentro do esperado para a adaptação. A Nathalia e a mãe estão encantadas com a Ariel, dizem que ela é muito mais bonita do que esperavam e mais carinhosa. Então, mesmo com o coração partido, acho que era isso que eu precisava mesmo fazer...
Essa é uma foto da minha "pequena sereia" pouco antes de ir para seu novo lar: